(*) por
Ricardo Brener
Na década de
90, era muito comum circular nos supermercados e ser abordado por promotoras
que nos falavam sobre os benefícios de um determinado produto e terminavam o
discurso com um enfático “e você ainda ganha um desconto apresentando este
cupom no caixa”. Esta modalidade promocional caiu em desuso devido, dentre
outras coisas, à complexidade de negociação com os pontos de venda e a difícil
logística de controle dos cupons resgatados nos caixas de cada PDV.
É curioso
perceber como a cultura do cupom de desconto, tão arraigada nos Estados Unidos,
nunca pegou por aqui. Lá, as empresas publicam cupons em todo tipo de veículo
impresso (jornal, revista, folheto, guia, tabloide etc). Os americanos se
acostumaram a recortar e organizar seus cupons de maneira a utilizar vários em
cada ocasião de compra e, com isso, realizar uma economia relevante nos gastos
da família.
O brasileiro
parece nunca ter tido essa paciência e grau de organização. De todo modo, o
mundo mudou muito nos últimos anos. Estamos vivendo a onda da Compra Coletiva,
em que um grande desconto é dado no produto/serviço, caso um mínimo de cupons
seja adquirido nestes sites. E mais recentemente surgiram sites de cupons de
desconto. Aparentemente, uma evolução das compras coletivas, pois você só paga
o produto ou serviço quando e se consumir, sem ter que esperar atingir um
mínimo de cupons.
Isso quer
dizer que não precisamos mais ficar folheando impressos ou procurando
promotoras que nos ofereçam cupons de desconto. Com poucos cliques, acessamos
várias oportunidades via internet. Ou seja, depois de muitos anos, a cultura
dos cupons volta remodelada e com mais vigor. Para o consumidor, isso é uma
ótima notícia. Para as empresas, esse é um canal de divulgação interessante.
Porém, como fica o uso do cupom de desconto como estímulo às vendas no local,
onde mais de 80% da decisão de compra é realizada, o ponto de venda?
Existem
aplicativos para celular que divulgam descontos em lojas próximas de onde a
pessoa se encontra, a partir da geolocalização. Outra solução já testada foi a
disponibilização de promoções no celular através do Bluetooth, onde bastava
estar com o dispositivo ligado para receber ofertas assim que entrasse na loja.
No fundo,
não podemos dizer que alguma destas opções tenha obtido muito sucesso. Mas, na
minha opinião, não é por estarem no formato errado, mas por terem chegado cedo
demais. Para dar certo, temos que ter mais familiaridade com as novas funções
do celular. E temos que ter massa crítica. Com o avanço da tecnologia e o
interesse do brasileiro por novidades, não demorará para estarmos usando o
celular como forma de pagamento. E o mesmo já descontará do valor a ser pago,
todos os cupons de desconto que tenhamos disponíveis no aparelho.
(*) Ricardo
Brener é sócio-diretor da Agita Brasil, especializada em Marketing Promocional
– www.agitabr.com.br
Sobre a
Agita Brasil
Há
seis anos no mercado, a Agita Brasil é especializada
em ações
promocionais, eventos e ativação de marcas e tem um portfólio de atendimento a
grandes empresas, como Mattel, Nextel, Johnson & Johnson, Bunge, Chocolates
Garoto, Grendene, Nestlé, Osram, Puma, entre outras. Com estrutura formada por
mais de 40 profissionais a empresa já foi premiada por três anos no AMPRO
Globes Awards - a
versão brasileira da maior premiação mundial do marketing promocional e foi
vencedora de cinco prêmios no POPAI Brasil, o “Oscar” do merchandising no país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário