(*) por Ricardo Brener
Recentemente
acessei o site de uma empresa para ver a nova campanha de TV de uma de suas
marcas. A página inicial pedia que eu clicasse em um botão para ir ao novo
site. Neste novo ambiente, encontrei um link com a pergunta: “Quer conhecer a
nova campanha de TV?”. Sim, eu queria. E cliquei. Fui direcionado para a
fanpage da marca no Facebook. Lá, nenhum acesso à tal informação, e uma
confusão de links e posts. Levei alguns minutos para descobrir um caminho que
exigia que eu curtisse a página para ter acesso ao novo comercial, coisa que
não fiz. Cansei de interagir com a marca. Na verdade, peguei bode. E pensei:
será que isso acontece só comigo?
Com o avanço
da tecnologia e o advento das mídias sociais, as empresas tem cada vez mais
buscado interagir com o seu público através do mundo digital. A palavra da vez
é “engajamento”. Quem já não notou o quão complexas estão ficando as campanhas
de comunicação e promocionais, com códigos alfa numéricos, QR Codes, fanpages,
realidade aumentada, geolocalização etc?
Hoje em dia,
há uma clara tendência em criar mecanismos de interação para engajar
consumidores, acreditando que esta seja a melhor forma de gerar fidelidade à
marca. Será? Não é o que mostra uma pesquisa realizada pelo IBM Institute for
Business Value. A pesquisa mostra que os executivos de marketing acreditam que
60-65% das pessoas hoje querem interagir e fazer parte de comunidades. Porém, a
pesquisa mostrou que, na realidade, isso acontece somente em 25-30% dos casos.
O que a maioria das pessoas quer, na internet, é desconto e fácil acesso às
informações sobre os produtos. Além disso, pesquisas realizadas com mais de 7 mil
consumidores pelo Corporate Executive Board demonstraram que o que mais atrai o
consumidor, gerando interesse e efetivação de compra na internet, é
simplesmente “simplicidade”. Conforme o
estudo, as marcas com maior grau de simplicidade no processo de decisão de
compra geram 86% mais intenção de compra e 115% mais recomendação a outros
consumidores.
De que
maneira isso nos afeta? A pesquisa acima dá um bom motivo para reflexão. Se
começarmos a usar essas novidades tecnológicas de maneira a simplificar a vida
dos consumidores no processo de compra, talvez estejamos antecipando a próxima
tendência.
Para
marqueteiros e criativos de plantão, esse incrível leque de soluções digitais
abre um mar de oportunidades para campanhas inusitadas e merecedoras de prêmios
nos diversos concursos de propaganda e promoção. A tentação é grande, mas temos
que ter cuidado, pois mais do que gerar fidelidade para as marcas, podemos
estar confundindo ou, o que é pior, cansando o consumidor.
(*) Ricardo Brener é sócio-diretor da Agita Brasil, especializada em
Marketing Promocional – www.agitabr.com.br
Sobre a
Agita Brasil
Há
seis anos no mercado, a Agita Brasil é especializada
em ações promocionais,
eventos e ativação de marcas e tem um portfólio de atendimento a grandes
empresas, como Mattel, Nextel, Johnson & Johnson, Bunge, Chocolates Garoto,
Grendene, Nestlé, Osram, Puma, entre outras. Com estrutura formada por mais de
40 profissionais a empresa já foi premiada por três anos no AMPRO
Globes Awards - a
versão brasileira da maior premiação mundial do marketing promocional e foi
vencedora de cinco prêmios no POPAI Brasil, o “Oscar” do merchandising no país.
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